Pergunta
recorrente na mídia mundial desde o pré-conclave, ainda ecoa nos principais
meios de comunicação social inúmeras dúvidas quanto aos rumos do Pontificado do
Papa Francisco. Alvo de
intensas especulações e expectativas, é quase unanime o anseio de mudança e o
desejo de um pontífice aberto às nuances pós-modernas.
Temas como
uso de preservativo, legalização do aborto, casamento homoafetivo dentre tantos
outros temas do gênero retinem com toda força na mídia ávida pela
“modernização” do pensamento da Igreja e esperançosa pela improvável mudança de
postura nestes pontos para lá de polêmicos.
Enquanto o
mundo procura resposta para “o que esperar do novo Papa?”
dedico esta reflexão para o reverso da moeda e discorro sobre “o que não esperar do novo Papa?”.
dedico esta reflexão para o reverso da moeda e discorro sobre “o que não esperar do novo Papa?”.
Nós Cristãos
Católicos, não devemos esperar do Papa Francisco modificações de postura da
Igreja quanto a estes temas polêmicos, pois a maior parte deles estão ancorados
em pensamentos totalmente contraditórios aos valores éticos, morais e
religiosos que dão sustentação à Igreja. Um indivíduo ao renegar seus valores perde
sua identidade e anula-se enquanto ser único.
Existem
valores inegociáveis dentro da Igreja Católica, entre os quais se encontram a
primazia da família e a defesa intransigente da vida como princípio básico da
humanidade. A Igreja mostra-se contrária ao uso do preservativo pois é ferrenha
defensora do casamento e da estabilidade das relações, da castidade e da
fidelidade conjugal.
É patente que
o uso do preservativo incentiva tacitamente o sexo pelo sexo, as relações
descompromissadas e a frequente alternância de parceiros, o que é contrário à
moral Cristã. Resta amplamente comprovado que houve significativa redução de
casos de doenças sexualmente transmissíveis em países que incentivaram a
fidelidade conjugal, a continência sexual e a castidade frente aos países que
incentivaram o uso de preservativos. (Clique aqui e leia matéria da Revista
Veja)
Por outro
lado, a Igreja é defensora intransigente da vida. Jamais irá posicionar-se
favorável à interrupção da gravidez, pois entende que, o ser que está sendo
gerado, tem o direito de nascer. Além disso, não cabe às pessoas decidirem
sobre viver ou morrer, porque essa decisão cabe tão somente a Deus.
Não menos polêmica é a questão da união homoafetiva.
Diga-se que a Igreja não é homofóbica. O Catecismo nos ensina que os homossexuais
“Devem ser acolhidos com
respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de
discriminação injusta”. (CIC §2358).
A Igreja é
contrária ao casamento homoafetivo porque ele atenta contra um dos princípios
básicos da união conjugal como descrita na bíblia: “Crescei e multiplicai-vos”.
Uma das promessas dos nubentes ao se casarem é o de gerar descendência e
educá-la na fé Católica, o que não é possível nas uniões homoafetivas,
portanto, tais uniões não podem ser consideradas “casamento”, ainda que
civilmente possa gerar direitos e deveres mútuos.
Devemos esperar
um Papa mais próximo dos fiéis, pronto a promover mudanças profundas na Cúria
Romana. Podemos esperar um Papa atento às necessidades do mundo pós-moderno,
antenado na revolução da informação e na alta tecnologia. Podemos esperar um
Papa voltado às questões humanitárias, mas não esperemos um Papa que ferirá os
valores e pilares da fé cristã.
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