25 de março de 2013

O que não esperar do Novo Papa?


Pergunta recorrente na mídia mundial desde o pré-conclave, ainda ecoa nos principais meios de comunicação social inúmeras dúvidas quanto aos rumos do Pontificado do Papa Francisco. Alvo de intensas especulações e expectativas, é quase unanime o anseio de mudança e o desejo de um pontífice aberto às nuances pós-modernas. 

Cardeais, Bispos, Clero, Leigos, religiosos, Cristãos e não Cristãos aspiram em uníssono por
modificações substanciais nas estruturas bimilenares da Igreja Católica, assolada pelo esfriamento da fé, sobretudo em terras europeias.
 
Temas como uso de preservativo, legalização do aborto, casamento homoafetivo dentre tantos outros temas do gênero retinem com toda força na mídia ávida pela “modernização” do pensamento da Igreja e esperançosa pela improvável mudança de postura nestes pontos para lá de polêmicos.

Enquanto o mundo procura resposta para “o que esperar do novo Papa?” 
dedico esta reflexão para o reverso da moeda e discorro sobre “o que não esperar do novo Papa?”.

Nós Cristãos Católicos, não devemos esperar do Papa Francisco modificações de postura da Igreja quanto a estes temas polêmicos, pois a maior parte deles estão ancorados em pensamentos totalmente contraditórios aos valores éticos, morais e religiosos que dão sustentação à Igreja. Um indivíduo ao renegar seus valores perde sua identidade e anula-se enquanto ser único.

Existem valores inegociáveis dentro da Igreja Católica, entre os quais se encontram a primazia da família e a defesa intransigente da vida como princípio básico da humanidade. A Igreja mostra-se contrária ao uso do preservativo pois é ferrenha defensora do casamento e da estabilidade das relações, da castidade e da fidelidade conjugal.

É patente que o uso do preservativo incentiva tacitamente o sexo pelo sexo, as relações descompromissadas e a frequente alternância de parceiros, o que é contrário à moral Cristã. Resta amplamente comprovado que houve significativa redução de casos de doenças sexualmente transmissíveis em países que incentivaram a fidelidade conjugal, a continência sexual e a castidade frente aos países que incentivaram o uso de preservativos. (Clique aqui e leia matéria da Revista Veja)

Por outro lado, a Igreja é defensora intransigente da vida. Jamais irá posicionar-se favorável à interrupção da gravidez, pois entende que, o ser que está sendo gerado, tem o direito de nascer. Além disso, não cabe às pessoas decidirem sobre viver ou morrer, porque essa decisão cabe tão somente a Deus.

Não menos polêmica é a questão da união homoafetiva. Diga-se que a Igreja não é homofóbica. O Catecismo nos ensina que os homossexuais “Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta”. (CIC §2358).

A Igreja é contrária ao casamento homoafetivo porque ele atenta contra um dos princípios básicos da união conjugal como descrita na bíblia: “Crescei e multiplicai-vos”. Uma das promessas dos nubentes ao se casarem é o de gerar descendência e educá-la na fé Católica, o que não é possível nas uniões homoafetivas, portanto, tais uniões não podem ser consideradas “casamento”, ainda que civilmente possa gerar direitos e deveres mútuos.

Devemos esperar um Papa mais próximo dos fiéis, pronto a promover mudanças profundas na Cúria Romana. Podemos esperar um Papa atento às necessidades do mundo pós-moderno, antenado na revolução da informação e na alta tecnologia. Podemos esperar um Papa voltado às questões humanitárias, mas não esperemos um Papa que ferirá os valores e pilares da fé cristã.

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