25 de agosto de 2010

Vocação: proposta divina e resposta humana

O mês de agosto é dedicado as vocações. Eis uma realidade da qual ninguém pode escapar: vocação; pois para todos Deus tem planos, projetos, e sonhos. Seja qual for a nossa opção vocacional, a família, o ministério ordenado, a consagração religiosa, ambas são dons proporcionados pelo Senhor para enriquecer sua esposa, a Igreja, a qual depende, humanamente falando, da disponibilidade das pessoas, para cumprir sua missão de anunciar Jesus Cristo.

Já o Antigo Testamento está repleto de textos onde o Senhor chama, e a pessoa chamada, sendo livre para responder, faz sua opção.
Pode-se citar por exemplo Abraão, o pai da fé, o qual diz sim por acreditar na promessa do Senhor dos exércitos. Moisés, o libertador do povo de Israel, gago, mas Deus parece não olhar para nossas fraquezas quando tem uma predileção, senão, quem Ele chamaria? Por que não citar ainda Jonas, o profeta que queria fugir da voz do Senhor, mas acabou tendo que cumprir sua missão. Jonas retrata bem, aqueles que têm medo, que querem se fazer de surdos diante de Deus. Com qual dos vocacionados bíblicos eu me identifico?

Porém, vale apena lembrar Maria, a vocacionada do Pai. Diante da proposta de Deus, uma pergunta que expressa toda a pequenez humana diante da proposta do Senhor: “Como se dará isso?” É preciso acreditar e entregar-se na ação do Espírito Santo, é Ele quem realiza a obra através de nossa abertura de coração. Noventa e nove por cento é Deus quem faz, a nossa parte é um por cento. Deus poderia fazer tudo sozinho, mas quis contar conosco, com o nosso limite.

A Igreja nos recorda que todos os cristãos, seja qual for sua vocação específica, são chamados à uma vocação universal: a santidade. Para alcançar tal virtude, é preciso estar disposto a passar pela porta estreita, estar disposto a fazer a sua parte, pois o Deus que chama é o Deus que nos capacita, e que sempre faz a sua parte.

Seminarista Jonas Emerim Velho
Diocese de Criciúma

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