20 de fevereiro de 2010

Discípulos da Misericórdia

Queridos e amados irmãos, desejo que a paz, a unção e o fogo do Espírito de Deus que habita em nossos corações encha-nos dos dons e carismas, sobretudo a ousadia e a intrepidez que constituem a marca pessoal de todos os servos e os chamados pelo Senhor a viver o carisma da Missão IDE.

Desde a muito, tenho refletido intensamente sobre uma preocupação cotidiana. Essa preocupação tem me feito pensar sobre nosso chamado a sermos servos, discípulos e missionários da Misericórdia e do Avivamento, e creio que Deus vem, com isso, nos convocar a retornar ao nosso primeiro chamado.

Durante uma pregação, o Juninho (Fundador da Missão IDE) disse: “Tenho muito medo de morrer e não ter sido um verdadeiro Cristão”. Notem, somos chamados a sermos pessoas que semeiam a Misericórdia e o Avivamento. Viver e levar o avivamento é a parte mais simples de nosso carisma, pois temos por herança o Espírito Santo e junto com o Espírito vêm os milagres, os prodígios e os sinais, basta crermos no poder de Jesus e pedir em Seu nome, ao Pai! Aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores (...)(Jo. 12-14; 16).

Amados, o grande chamado é viver e levar a misericórdia! Eis o nosso desafio...

Jesus, o Mestre por excelência, o todo misericordioso, o Amor encarnado, nos deu o exemplo para que façamos o mesmo e nos deixou um legado: Amar ao próximo! Jesus sempre foi um homem que esteve muito perto dos que sofrem, dos excluídos, dos marginalizados. Vejam! A pior exclusão que pode afetar o ser humano, não é a social, não é a econômica e não é a exclusão educacional. O pior marginalizado não é o presidiário, o drogado, o alcoolizado, o deficiente físico, o prostituído, o analfabeto, o portador de doença contagiosa ou infecciosa, não! O pior excluído, e pior marginalizado é aquele que está fora da graça de Deus! É aquele que não conhece “O Amado”, é aquele que passa por esse mundo e não tem a oportunidade de conhecer o puro AMOR, o Todo Misericordioso, Jesus o Príncipe da Paz.

Meu Amado, quantos são os excluídos e marginalizados do Amor de Deus? Quantos ainda vivem sem experimentar a Misericórdia? Quantas pessoas que você conhece, talvez até intimas que estão marginalizadas e excluídas da graça?

vem a pergunta que mais dói. O que temos feito para que essas pessoas vivam, experimentem e conheçam a Misericórdia que jorra do peito aberto do “Puro Amor” no alto da Cruz? Será que temos sido obedientes ao mandamento que Jesus nos deixou quando propôs a parábola do bom Samaritano e convocou-nos a agir com misericórdia para com o próximo: “Vai e faze tu o mesmo” (Lc. 10, 25-37)?

Meu amado, Jesus sempre trouxe para muito próximoEle os marginalizados do Amor e da misericórdia de Deus. Seja o exemplo de Jesus na passagem da mulher adultera. Os homens queriam que ela, marginalizada, pecadora pública, fosse julgada segundo a Lei. Jesus a julgou segundo a Misericórdia! Zaqueu, homem rico, com certeza não era um excluído da sociedade, mas não conhecia o “Todo Amor”! Era um excluído da graça, qual a atitude do Mestre? Derramou tanta misericórdia que Zaqueu deu metade de seus bens aos pobres e restituiu quatro vezes mais o que tinha defraudado. Observem a misericórdia em ação: Jesus entra na casa de um fariseu notável e cura um homem hidrópico em dia de sábado.(Lc. 14, 1-6). Com certeza esse homem era uma pessoa bem colocada socialmente, a final de contas freqüentava a casa de um fariseu notável. Era um excluído do Amor de Deus. Qual a atitude do Senhor dos Senhores? Age com misericórdia!

Meus amados, muitos são os sinais que o Senhor realizou entre os excluídos e marginalizados, curou a mulher que tinha um fluxo de sangue há doze anos, com certeza ela era motivo de chacotas, não podia sair de casa, tinha que viver escondida. Curou o cego Bartimeu que ousou desobedecer aos discípulos e gritou pela misericórdia, o cervo do centurião, possessos, leprosos, paralíticos, escolheu como discípulos pescadores, cobradores de impostos, sentou-se com publicanos e pecadores (Mt. 9,10).

Jesus jorrava misericórdia pelos poros, e hoje, levanta a você para seguir levando a misericórdia. Devemos ser apóstolos da Misericórdia e do Avivamento.

Amados, nossos grupos de oração, encontros, retiros, igrejas e comunidades precisam ser refúgio dos marginalizados e excluídos da graça de Deus. Deus nos unge o nos levanta para irmos ao encontro dos alcoólatras, drogados, encarcerados, prostituídos, dos homens e mulheres que são favoráveis ao aborto, precisamos caminhar com os políticos, eles precisam conhecer o Todo Misericordioso Jesus! Como me dói o coração quando retiramos de nossos encontros de oração os irmãos alcoolizados que entram, os moradores de rua, quando colocamos de lado os pecadores públicos e nos julgamos mais dignos que eles! Quando impedimos irmãos que estão chegando de pregar, conduzir ou ministrar a música, as orações de cura simplesmente porque achamos que temos mais unção, quando excluímos os irmãos da misericórdia por pensarmos que eles não têm jeito mesmo.

Somos assim, temos a tendência de menosprezar os que cometem falhas morais, sociais e os que desviam a sua conduta, às vezes, não por serem pessoas ruins, mais por terem sido seduzidos pelo mundo, e amados, devemos ser realistas! O mundo nos seduz e muito! Estamos todos sujeitos a cair em uma das muitas ciladas do mundo.

Por isso, Deus em sua infinita sabedoria levanta hoje a você para ser discípulo da misericórdia e a “buscar marginalizados da para incluí-los no livro da vida, através de uma profunda experiência com o Senhor e Salvador Jesus e de uma conversão de história e vida, atravessando a barreira da morte eterna e entrando no Reino dos Céus. Mãos a obra, anunciemos com destemor, Jesus vive e é o Senhor!

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